terça-feira, 15 de dezembro de 2015

O Lobo do Mar

Quando o jovem Humphrey van Weyden naufraga, é salvo pelos tripulantes do Ghost, uma escuna de caça à foca.
Ah, pobre sr. Van Weyden! Como sofreria naquela escuna! Que cruel destino a vida lhe foi reservar! Ser salvo pelo Ghost!
Imaginem-se, meus caros, salvos por uma escuna de caça à foca. Nenhum problema, certo? O capitão decerto irá parar no porto mais próximo e deixará você em terra.
Mas e se o capitão não fizer isso? E se o capitão quiser retê-lo para que você trabalhe para ele? Ah, como isso seria cruel! Imaginem ainda que o capitão é um homem que acha que a vida de nada serve. De nada serve, porque depois da morte o homem ganhará a vida eterna. Isso não é mentira, admito.
Mas para esse capitão, a vida é uma coisa muito barata. Uma coisa tão barata que não fará diferença alguma se for tirada ou não de você. Mas achar que a vida não vale nada e desprezá-la já é perigoso, pois ele não só despreza a vida dele como também a de seus companheiros. Sendo assim, você estaria em perigo constante. Pois é, essa escuna seria  mesmo um lugar terrível para ficar!
E - pobre sr. Van Weyden! - não é nessa escuna que ele está destinado a passar seus próximos meses? Na escuna de caça à foca Ghost! Uma escuna onde, se você passa de bote perto dela, é logo içado a bordo e posto pra trabalhar. E quem seria esse tal capitão, para quem a vida nada vale? Quem seria esse? Ninguém, se não o temível Wolf Larsen!
Humphrey van Weyden é um intelectual, um crítico literário. Não está acostumado com o rigor da vida no mar! Nunca precisou trabalhar com as próprias mãos pra continuar a viver! E de uma hora para a outra, Humphrey precisa "andar com as próprias pernas".
Acontece, que Humphrey pode contar com um pouquinho de sorte. Pois ele é um intelectual, que viveu sempre em meio aos livros e sabia usar a palavra ética. Ora, Wolf Larsen sempre sonhara em poder conversar com alguém que soubesse e usasse a palavra ética! Sendo assim, de vez em quando, Wolf Larsen o chamava pra conversar. Nesses dias, Humphrey estava livre de lavar louças e ouvir as palavras ásperas do cozinheiro. À medida que o tempo ia passando, Humphrey van Weyden começa a achar que conhecia melhor o capitão da embarcação.
Mas...

" O homem é inconstante como os ventos e as correntes marinhas. Nunca se pode imaginar. Quando a gente julga que já o conhece e que está a impressioná-lo bem, se vira contra nós aos berros e nos rasga as velas todas."

É como diz o livro. Nunca se pode imaginar.
Mas Humphrey van Weyden também tem bons argumentos e acaba tendo com Wolf Larsen grandes discussões a respeito da vida e a morte. São essas discussões que mais impressionam.

"Você fala do instinto da imortalidade. Eu falo do instinto da vida, que é viver, e que, quando a morte se figura próxima e iminente, vence o instinto da imortalidade."

E certo dia, vai passando perto do Ghost um bote com o que se imaginavam ser quatro homens dentro. O bote foi içado a bordo! Ah, mas o que se imaginavam ser quatro homens eram, na verdade, três homens e... uma mulher! Foi quando armou-se a confusão! O que acharia Wolf Larsen de ter a bordo uma mulher?
E como ficaria chocada a moça, ao descobrir que seria apenas mais uma prisioneira naquela escuna! Que Wolf Larsen não a desembarcaria no porto de Yokohama, que estava tão próximo! Que ela estaria condenada a conviver com um bando de homens até que acabasse a estação de caça à foca!
E a moça, de nome Maud Brewster, é uma nobre escritora, que, assim como o sr. Van Weyden, ganha a vida sem esforços de sua parte. Teria ela que aprender a andar com as próprias pernas? Quem a ajudaria e lhe traria consolo? O que se imaginava ser apenas mais uma história de aventuras no mar, acaba em uma linda - linda mesmo - história de amor!

Realmente, é um livro extraordinário!
Não sei se tem nome (e, se tem, não está no meu vocabulário) e não sei se conseguiria descrever a emoção que senti ao ler esse livro. Essa emoção apenas cresce quando releio as suas páginas! Tenho que me controlar muito na cadeira para não sair correndo e mandar todo mundo ler o livro! Como é sensacional! Fiquei, pelo menos, duas semanas elogiando o livro para quem estivesse ao meu lado!
A leitura não é difícil, mas precisa ter certa idade para entender tudo o que está escrito. Essas conversas que Humphrey e Wolf Larsen de vez em quando travam são de difícil compreensão. Tive que procurar algumas palavras no dicionário, tais como prole, altruísmo e hedonista.
Tem algumas coisas que só entenderei mais tarde. Por exemplo:

"Há uma quantidade limitada de água, de terra, e de ar, mas a vida que está à espera de nascer é ilimitada. A natureza é de uma prodigalidade infinita."

Sei que terei que crescer mais um pouco para compreender o que Jack London realmente quis expressar nessa frase. E estou louca para crescer o suficiente para isso! Quando essa idade chegar, lerei o livro todinho de novo! Ah, vou!
O livro tem cenas fortes, sim, mas são bem moderadas. Algumas lutas, motins, castigos, tempestades, ondas enormes...essas coisas! Mas o que seria do livro sem elas?
O Lobo do Mar pode agradar tanto a raparigas quanto a rapazes. Treze, catorze, até quinze anos! Não sei a idade certa para ler esse livro! Mas recomendo aos adolescentes e adultos!
Li o texto integral, sem dificuldades que não pudesse contornar. A história eu entendi bem e não vejo porque outras pessoas não leem esse livro!
Vamos lá! Todos nós somos como Humphrey van Weyden, precisamos aprender a andar com as próprias pernas. Eu pisei no chão molhado do Ghost assim que embarquei nessa história e aprendi muita coisa! Desde palavras novas e técnicas de navegação, até maneiras de encarar a vida e a morte!

NOTA: Eu prometi ler de novo este livro e voltar aqui para conversar com vocês. Não pensem que me esqueço de minhas promessas. Reli não só o livro como a minha resenha (achei-a demasiado longa e aqui estou eu, prolongando-a ainda mais!) e tenho umas palavrinhas a dizer a respeito: o livro é realmente tudo o que eu disse acima, mas ler aos dezenove anos é muito melhor do que ler com treze. Estou apaixonadíssima por O Lobo do Mar, praticamente absorvi todas as discussões filosóficas de Humphrey e Larsen. Fiquei digerindo o livro por semanas! Com certeza, recomendo a todos a leitura!

Título: O Lobo do Mar.
Autor: Jack London.
Recomendado a jovens de catorze anos ou mais.
Texto integral.

terça-feira, 1 de dezembro de 2015

Oliver Twist

Adaptação de Myriam Campello
Após dar a luz a Oliver Twist, sua mãe morre, deixando o menino sozinho no mundo. Perdido em um asilo onde as crianças passam fome, pobre e de pais desconhecidos. O que se pode esperar de um garoto tão desafortunado?
O asilo onde se encontra Oliver é um lugar muito difícil de se manter vivo. As crianças não são bem alimentadas, ficam doentes, recebem poucos cuidados e são maltratadas, a maioria acaba morrendo, sem dúvida.
Oliver Twist já completara dez anos.
O Sr. Bumble, um bedel responsável pelo asilo, arruma para Oliver um emprego numa funerária. Mas o emprego de Oliver era muito difícil para ele, seus patrões o maltratavam e eram injustos. Oprimido por aquela vida complicada que estava levando, Oliver foge para Londres e tenta viver com as próprias mãos. Lá ele encontra um rapaz na estrada que lhe garante uma cama para dormir e comida para comer. O dono da cama onde Oliver iria dormir e da comida que Oliver iria comer era Fagin. Fagin aceitou Oliver de muito bom grado em sua casa. Mas o que Oliver não sabia, e que não demoraria muito para descobrir, era que Fagin ensinava rapazes a roubar. E ele pretendia ensinar a Oliver o mesmo ofício. Desvencilhar-se de um bando de ladrões é uma tarefa complicada, não resta dúvida. E Fagin já planejara o primeiro roubo de Oliver. Mas Fagin tinha também um chefe, Bill Sikes, ladrão ainda pior do que ele e que trará muitos sofrimentos ao nosso herói. Reunindo toda a sua coragem de garoto, Oliver tentará melhorar sua situação e descobrir quem são seus pais.
Mas não vou dizer que Oliver estava totalmente sozinho no mundo. Não, durante suas desventuras com os bandidos de Fagin, Oliver cai nas boas mãos do sr. Brownlow, que o ajudará a descobrir seu parentesco e fugir dos bandidos que o perseguiam.
Essas e outras são as aventuras que Oliver Twist terá que enfrentar num mundo grande demais para ele, contando com a ajuda de alguns e sendo prejudicado por outros.

Oliver Twist é um livro muito interessante. Lê-lo foi muito bom. Acho que agradará tanto a meninos como a meninas. Pelo que pesquisei, muitas pessoas leram na adolescência, com 12 ou 13 anos.

Obra original em português
Hoje pude ter em mãos a obra original em português e fiquei morrendo de vontade de ler de novo, só para ler a obra original. Vale a pena. E a leitura não me parece difícil, pelo que pude constatar ao ler alguns trechos.

Título: Oliver Twist
Autor: Charles Dickens
Recomendado a jovens de doze ou treze anos.



terça-feira, 24 de novembro de 2015

O Grupo dos Cinco na Ilha do Tesouro

Essa aventura não é da Turma dos Sete. Faz parte da mesma coleção e é da mesma autora, mas não é da Turma dos Sete. É do Grupo dos Cinco. A primeira aventura do grupo.
Tudo começou quando, precisando viajar, os pais de Julian, Dick e Anne deixam seus filhos na casa de seu tio Quentin. O tio Quentin era um cientista muito mal-humorado que passava os dias trancado no quarto e não admitia o mínimo ruído. As crianças tinham medo dele.
Tio Quentin morava a beira-mar com sua esposa e sua filha Georgina. As três crianças não conheciam a prima Georgina, nunca a tinham visto e estavam curiosas por conhecê-la.
Quando chegaram na casa do tio Quentin, não encontraram a prima. A esposa de tio Quentin, tia Fanny, lhes garantiu de que ela devia estar escondida em algum lugar, pois era muito solitária. Os três só foram ver Georgina na manhã do dia seguinte, na hora do café.
Realmente, Georgina os surpreendeu. Primeiro porque não permitia que a chamassem de Georgina, atendia apenas por George. Atitude estranha, né? E a menina também só vestia roupas de menino, andava como menino e falava como menino e até cortara o cabelo curtinho como um menino. Não queria ser menina, de jeito nenhum. Não suportava bonecas, laços de fita, saias e risinhos esfuziantes, que normalmente as meninas dão. Apesar de ser uma atitude estranha, os meninos a respeitaram e até acharam legal a prima Georgina...quer dizer, George!
A prima, aos poucos, foi se afeiçoando aos primos. Para não perturbar o tio Quentin, as crianças iam brincar na praia, onde nadavam e se divertiam. Mas Julian, Dick e Anne estavam ansiosos para ver um outra coisa. É que George havia contado a eles que ela possuía uma ilha só dela e também contara da existência de um navio naufragado. E haviam boatos de que um grande tesouro estava escondido na ilha. Ah, como as crianças se entusiasmaram! Mas tinha um problema... George era muito ciumenta e não queria que outras pessoas pisassem na ilha. Até aquele dia ninguém havia posto os pés na ilha a não ser ela e Tim... Tim? Quem era esse tal de Tim, que podia ver a ilha de George, se eles não podiam? Ah, George logo lhes mostrou Tim. Era um cãozinho muito simpático, por quem as crianças logo se afeiçoaram.
Bom, por fim George deixou que eles vissem a ilha e o navio naufragado. As crianças se divertiram muito e ficaram muito amigas de George. E eles acabaram descobrindo o mapa para o tesouro na ilha! Uau!
Mas uma bela manhã, pai de George, o tio Quentin, encontrou o mapa do tesouro e tomou de George. Puxa! As crianças tentaram recuperar o mapa, mas quando deram pelo fato, ele estava vendido! E o homem para quem Quentin vendeu o mapa logo apareceu querendo comprar a ilha por um preço muito bom. Na certa o homem descobriu o que significava o mapa e queria se apoderar do tesouro! George explodiu de raiva! A ilha era dela! Mas Quentin aceitou vender a ilha e deu o caso como encerrado. E o pior é que ele realmente podia fazer isso, era dono da propriedade. George protestou, protestou, mas não adiantou. O pai não sabia do tesouro e George não queria contar da existência dele!
Mas ainda havia uma esperança para as crianças: enquanto a ilha não fosse realmente vendida, enquanto os papéis não fossem assinados - o que só aconteceria dentro de uma semana - George e os primos poderiam procurar sozinhas pelo tesouro.
O que eles não sabiam era que quem queria comprar a ilha era na verdade um bandido...

Um livro muito divertido e interessante! Fácil e rápido de ler.

Título: O Grupo dos Cinco na Ilha do Tesouro
Autor: Enid Blyton
Recomendado a jovens de dez anos.

terça-feira, 17 de novembro de 2015

Uma vitória da Turma dos Sete

A Turma dos Sete costuma fazer suas reuniões num galpão atrás da casa de Peter e Janet. Como todas as vezes, foi para lá que a turma se dirigiu para fazer uma reunião. Qual não foi sua surpresa ao ver o galpão aberto e as ferramentas, os caixotes, baldes, tudo jogado para fora do galpão. E pensar que Peter e Janet haviam arrumado tudo direitinho para a reunião!
A Turma dos Sete duvidou logo de que tivesse sido Susie que desarrumara as coisas. Susie era a irmã mais nova de George. Ela vivia implicando com George e tentando descobrir a senha para entrar nas reuniões secretas da Turma. Mas George conseguia despistar a irmã na maioria das vezes. Mesmo assim, a pestinha vivia atrás dele.
Mas não fora Susie quem bagunçara tudo no galpão. Foi o próprio pai de Peter e Janet que, precisando pintar o galpão, mandara retirar todas as coisas de dentro dele. Justo nas férias! E agora? Onde a Turma dos Sete faria suas reuniões?
Ah, mas aquilo não era problema! Não, mesmo! Eles logo foram se reunir na estufa da casa de Peter, que, apesar de não muito secreta, era um lugar agradável. Naquela reunião, ficou decidido que a turma deveria se espalhar pelos arredores à procura de um novo ponto de encontro para a Turma dos Sete. As sete crianças assim fizeram.
Na outra reunião da turma, cada um foi com um bom lugar em mente. Eles fizeram uma votação e ficou resolvido o novo ponto de encontro da turma: uma caverna escondida que o pai de Peter havia encontrado perto de sua casa. Quem sugeriu o lugar foi Peter, é claro.
A caverna era muito espaçosa, o chão era coberto de areia e um monte de plantas cobria a entrada, formando uma espécie de cortina. Essa "cortina" tornava a caverna ainda mais secreta e a ideia agradou a todos. A Turma levou travesseiros, biscoitos e livros para a caverna e sempre que alguém quisesse ficar na caverna, era só entrar.
Mas aconteceu uma coisa estranha...
Certo dia, quando eles voltaram pra caverna, haviam desaparecido as almofadas, travesseiros e livros! Quem teria roubado os seus objetos? Quem? Susie! Com certeza a menina deu um jeito de descobrir a caverna e se aproveitou dos itens nela guardados! Mas a irmã de George não tinha nada a ver com o fato... Ela jurou que não sabia do esconderijo. George não duvidou, mas ficou atento a todos os passos da irmã. Mas se não fora Susie, quem poderia ter sido? Esse era o caso que a Turma dos Sete teria que resolver...

A leitura é muito simples e rápida. Como todo suspense, a gente lê rapidinho, pois quer saber o final, e com uma leitura fácil e divertida, a gente termina ainda mais rápido!
Estranhei que a capa e a sinopse do livro não correspondem ao livro Uma Vitória da Turma dos Sete. Acabei descobrindo, fazendo uma pesquisa que são de uma outra aventura, chamada A Turma dos Sete nos Trilhos, da mesma série. Um pequeno erro, mas que não passou despercebido.
Não é preciso que você leia o livro na ordem certinha. Eu li o volume 1 e depois li o volume 4 e entendi tudo sem precisar ler os volumes 2 e 3. Não é uma sequência.

Boa leitura!

Título: Uma vitória da Turma dos Sete
Autor: Enid Blyton
Recomendado a jovens de dez anos.

terça-feira, 10 de novembro de 2015

A Teia de Charlotte

Os porquinhos do Sr. Arable haviam nascido. Mas um deles nasceu nanico e um porquinho nanico tende a morrer facilmente, pois é rejeitado pela mãe. John Arable resolve então matá-lo de uma vez.
Quando sabe da decisão do pai, Vera implora pela vida do porquinho, pedindo que seu pai para cuidar dele. O pedido da Vera é concedido e a menina recebe o porquinho em sua casa. Vera dá a ele o nome de Wilbur.
Wilbur cresce feliz e saudável, mas com o tempo, fica grande demais para continuar na casa dos Arable. E é transferido para o celeiro de Homer Zuckerman, tio de Vera. O porquinho, apesar das frequentes visitas de Vera, se sente muito só. Triste, ele tenta fazer amizade com os outros animais do celeiro, mas suas tentativas não dão em nada.
Até que Wilbur conhece Charlotte, uma aranha muito simpática. Charlotte foi a melhor amiga que Wilbur poderia ter no celeiro e ele não se incomodava com sua dieta de moscas e outros insetos, alimentação que o fazia achar que Charlotte era cruel e sanguinária.
Um dia, Wilbur descobre, por intermédio de outros animais da fazenda, que estava sendo engordado para ser devorado na ceia de Natal pela família Zuckerman. O porquinho ficou desesperado e pôs-se a correr pelo celeiro, declarando que não queria morrer. Mas Charlotte consegue consolá-lo: ela irá salvar o porquinho da morte. Com as palavras certas, ela tentará transformar a imagem de Wilbur e mostrar que ele é “um porco e tanto”


Para quem não conhece, A Teia de Charlotte é um livro muito divertido que agradará jovens de todas as idades. A leitura é fácil e simples e eu gostei muito do livro. Meu irmão, de dez anos, leu o livro com rapidez e interesse. 

Título: A Teia de Charlotte
Autor: E. B. White
Recomendado a: jovens de dez anos
Texto adaptado por Sérgio Augusto Texeira

terça-feira, 3 de novembro de 2015

A Turma dos Sete

A Turma dos Sete se reúne, depois de muito tempo, para uma reunião. Pam, Peter, George, Jack, Janet, Barbara, Colin e o cão Scamper, formam a Turma dos Sete e todos comparecem à reunião, mas alguns esqueceram-se da senha e outros não traziam seus distintivos. Isso não era problema pra eles. Peter, chefe do grupo, deu um jeito de resolver tudo: A turma inventou outra senha e Peter ordenou que aqueles que não traziam seus distintivos - seja porque estavam estragados ou perdidos - arrumassem um jeito de recuperá-los, procurando os estavam perdidos e consertando os que estavam rasgados. A Turma dos Sete fazia tempo que não se reunia e ficaram animados com aquela reunião, mas mesmo assim não tinha muito o que fazer... Faltava perigos, aventura! 
Foi aí que um dos meninos teve a brilhante ideia: a Turma dos Sete devia ir atrás de suas próprias aventuras! Ficou assim decidido que a Turma dos Sete, se encontrasse algum indício de aventura no caminho, deveria convocar a Turma pra uma reunião.
E uma aventura não demorou pra aparecer! A Turma dos Sete, aproveitando a neve que caía, resolveu brincar de fazer bonecos de neve. Assim fizeram, se divertiram e, ao cair a noite, foram pra casa. Mas Jack perdera, sem querer, seu distintivo em algum lugar na neve e, no meio da noite, ele saiu pra procurá-lo. Não podia perder seu distintivo! Peter não o perdoaria... E começou a procurá-lo.
Eis que, no meio da escuridão, apenas com uma lanterna, Jack ouve um barulho de motor de carro e se esconde. O veículo parecia carregar alguma coisa...Mas Jack não sabia o quê. Ele ficou escondido para que ninguém o visse. As pessoas que saíram do carro podiam ser ladrões! E realmente, Jack as ouviu dizer uma para a outra que vigiasse o caminho e se certificasse de que não havia ninguém por perto. Jack tremia de medo!
O veículo e o que ele carregava foram embora logo e Jack saiu em disparada para casa. Já havia encontrado seu distintivo e poderia contar tudo aquilo para a Turma dos Sete.
No dia seguinte, a turma esperava ansiosa pelas novidades de Jack. O menino contou tudo com os menores detalhes. Peter e os outros meninos ficaram animados. Aquela seria a primeira aventura da Turma! Resolveram investigar o local por onde o carro havia partido. Separaram-se em duplas e trios e foram. Examinaram o rastro do veículo, anotaram as marcas do pneu, viram e investigaram tudo o que podiam... Aquilo estava emocionante! Mas não tinha muito o que deduzir apenas com pistas. Eles teriam que ficar vigiando à noite. E fizeram. 
Fizeram isso e mais um monte de coisas que vão se tornando cada vez mais perigosas e vão levando a Turma dos Sete para mais perto de resolver o mistério.

Uma aventura emocionante para todas as idades! A leitura é fácil e envolvente para não deixar você desistir da leitura! Eu adorei o livro. Se soubesse que era assim tão legal, já teria pego pra ler há muito tempo atrás. 

Título: A Turma dos Sete
Autor: Enid Blyton
Recomendado a: meninos e meninas de dez anos em diante.
Texto integral

terça-feira, 27 de outubro de 2015

As minas do Rei Salomão



Allan Quatermain, um caçador e aventureiro inglês, conhece um homem chamado Henry Curtis. Esse homem, depois de ter feito algumas perguntas ao sr. Quatermain, pergunta a ele se ele conheceu um homem chamado Neville. Neville era irmão de Henry Curtis que foi para a África depois de um desentendimento dele com o irmão e nunca mais voltara. Quatermain respondeu que sim, que já havia ouvido falar de Neville em algumas de suas viagens. Após muito ter discutido com o Sir Curtis a respeito do assunto, Allan diz a ele que acha que seu irmão havia partido para as Minas do Rei Salomão. Haviam boatos de que a mina guardava um enorme tesouro.
Depois de muito refletir, Quatermain parte com Sir Curtis e seu amigo, o Capitão Good, para as Minas do Rei Salomão. Quatermain tinha um mapa para chegar às Minas do Rei Salomão, Sir Curtis tinha bastante dinheiro... Não havia porque não partir imediatamente! E assim foram, acompanhados de Umbopa, um homem que se prontificou a acompanhá-los na jornada. Atravessaram um deserto, morrendo de sede e sem encontrar o oásis que o mapa indicava. E chegaram a um vale rico de vegetação e são capturados por uma tribo de nativos. Mas os nativos acham que eles são deuses, pois sabiam fazer coisas incríveis com objetos desconhecidos para os nativos, os Kakuanas. São reconhecidos como deuses e por causa disso devem ser levados à presença do rei dos Kakuanas, Tuala. Mas os viajantes percebem que Tuala não é o verdadeiro rei do lugar e tentam descobrir quem é o verdadeiro rei e provar sua realeza. Quatermain desconfia de que o verdadeiro rei do lugar seja Umbopa, pois ele tinha o sinal com que são marcados os descendentes de reis Kakuanas.  Essa será uma aventura muito difícil, pois Tuala seguia os maus conselhos de Gagula, uma velha feiticeira que se divertia em condenar os outros com acusações falsas.
Isso torna a jornada de Sir Curtis, Quatermain e do Capitão Good ainda mais dura... Logo agora que eles estavam tão perto das minas!
Mas os três viajantes não desistirão... Precisam descobrir onde está o irmão de Sir Curtis, entregar o trono dos Kakuanas ao verdadeiro rei do lugar e ainda descobrir as Minas do Rei Salomão, que agora eles estavam dispostos a encontrar.

Uma leitura fácil, pois o livro que li é uma adaptação, mas o texto em si é um pouco difícil para crianças mais jovens. Acho que a leitura é simples para uma criança de dez ou onze anos, mas a história é meio complicada para uma criança de dez anos compreender... Mas é um livro realmente incrível e recomendo principalmente aos rapazes, que geralmente gostam mais de aventura desse tipo, com jornadas em terras distantes, selvagens e nativos, exploradores em busca de minas cheias de ouro e diamantes...

Título: As Minas do Rei Salomão
Autor: H. Rider Haggard
Adaptação de Werner Zotz
Editora Scipione
Recomendado a jovens de doze anos

terça-feira, 20 de outubro de 2015

David Copperfield

David Copperfield era órfão de pai. Com ele moravam sua mãe e a empregada Pegotty.
Certa vez, Pegotty convidou David para passar as férias em sua casa. Passou dias deliciosos com a família de Pegotty. Quando voltou para casa, David estranhou que sua mãe não tivesse vindo recebê-lo, mas foi ao seu encontro.
Ao lado de sua mãe estava um outro homem, que ele já vira algumas vezes, mas com quem nunca simpatizara. A mãe de David disse a ele que aquele homem era seu novo pai.
Os primeiros momentos com o novo pai foram um pouco constrangedores para David que não estava habituado a mudanças assim tão drásticas. Qualquer um ficaria meio abalado ao voltar para casa e encontrar um homem que diz ser seu pai. Mas era a realidade e David teria que suportá-la.
O sr. Murdstone, seu novo pai, era um sujeito um pouco rígido. Ele e sua irmã, Jane Murdstone, que também moraria com eles a partir daquele momento, começaram a mudar algumas coisas na vida de David. Jane Murdstone se responsabilizara em mudar tudo na casa e seu irmão começou a mudar tudo na família. Mas David mais sofreu foi com a rígida mudança em sua educação.
 O sr. Murdstone e sua irmã cuidavam da educação do menino. Se ele não sabia as lições, levava um castigo, uma surra. David se esforçava muito para estudar, mas quando percebia o olhar insistente de Jane Murdstone sobre ele, esquecia tudo o que havia estudado! Sua mãe ainda tentava soprar-lhe algumas dicas escondida, mas era surpreendida e repreendida por seu marido.
David Copperfield já não estava mais aguentando aquilo. Como sofria o menino! Certo dia, o sr. Murdstone resolveu colocá-lo num colégio, onde foi cruelmente tratado, com injustiças e castigos. Quando o garoto já não aguentava estudar, o sr. Murdstone o coloca para trabalhar em algum emprego qualquer para sustentar a si próprio.
A vida de David era dura e difícil. Foi então que David Copperfield resolve fugir. Mas não é por isso que conseguirá escapar das injustiças do mundo. Ele ainda se verá rodeado delas, mas saberá encarar a todas com prudência necessária? Como todo garoto, David cresce, e com ele as dificuldades da vida...

Um livro realmente interessante. Tentei ler uma vez, faz um tempo e não consegui. Agora eu tentei novamente, prestando mais atenção na leitura. Adorei o livro!
É curioso... Eu nunca tive muito êxito em minhas leituras de Charles Dickens, pois tentei muito nova e fiquei com um certo trauma de qualquer livro do autor. Mas hoje, quando tentei ler mais uma vez, li com tanta facilidade que comecei a me interessar em Charles Dickens.
Quando terminei de ler David Copperfield, senti uma enorme vontade de aplaudir a obra e comecei a bater palmas. Contei o fato a minha mãe, que surpreendeu-se, pois conhecia minha antiga aversão ao autor. Acho que, para quem tinha aversão a qualquer livro de Charles Dickens, eu agora me interesso demais!

Título: David Copperfield
Autor: Charles Dickens
Recomendado a: jovens de treze anos ou mais
Adaptação de Oswaldo Waddington

terça-feira, 6 de outubro de 2015

Um Conto de Natal

Em primeiro lugar, Marley estava morto. Mas completamente morto, não restava dúvida.  E o velho e rabugento Scrooge passou a ser o único sócio da firma Scrooge e Marley.
Mas Scrooge não se tornou um velho rabugento após a morte de Marley. Ele sempre fora um sujeito ranzinza e insuportável. E o auge de seu mau humor era odiar o Natal. Aquela época feliz, onde todos comemoravam, caminhavam pela neve, desejando um Feliz Natal a quem encontrassem, ceiando com os amigos para festejar o nascimento do Menino Jesus! E Scrooge só se preocupava em evitar que o Natal o contaminasse com aquele espírito festivo!
Não dava esmola aos pobres, não cumprimentava as pessoas, não fazia doações para orfanatos... Era insuportável.
O único que tentava em vão persuadir o velho Scrooge a festejar o Natal com alegria era seu sobrinho. Mas Scrooge nunca lhe dava ouvidos.
Numa noite, Scrooge recebe a visita do espírito do falecido Marley. Pálido e cadavérico, o espírito de Marley avisa Scrooge de que ele receberá a visita de três espíritos: o Espírito do Natal Passado, do Natal Presente e do Natal Futuro.
Esses espíritos darão uma lição a Scrooge que nem mesmo o leitor seria capaz de esquecer.

Muita gente já deve conhecer essa historia. Não porque leram o livro, mas porque existem muitas versões para a história. Seja em quadrinhos, versões para crianças ou adaptações para o cinema!
Eu adorei a história! O texto é simples, consegui ler perfeitamente!

Título: Um Conto de Natal
Autor: Charles Dickens
Recomendado a: jovens de doze anos
Texto integral

terça-feira, 29 de setembro de 2015

Orgulho e Preconceito


É uma verdade universalmente reconhecida que um homem solteiro e muito rico deve precisar de uma esposa.

E esse homem é o sr. Darcy. Apesar de orgulhoso e insensível, pelo menos oito entre dez raparigas suspiram à simples menção de seu nome. Jane Austen consegue fazer com que a maioria das leitoras amem o sr. Darcy, por mais detestável e arrogante que possa ser.


Logo que alugou Netherfield Park, o sr. Bingley deu um baile, para o qual convidou as moças e rapazes da vizinhança. Convidou também seu grande amigo, o sr. Darcy.
Muitas jovens, ao ver seu andar confiante e ouvindo dizer que era muito rico, logo passaram a admirá-lo. Mas, ao contrário das outras, Elizabeth Bennet, achou-o insuportável e orgulhoso e passou a evitá-lo e respondê-lo com frieza.
Mas quando o sr. Darcy conheceu Elizabeth, algo em suas maneiras mudou. E percebendo isso, Elizabeth também passou a vê-lo com outros olhos. E era uma vez, o orgulho e o preconceito.

Achei uma leitura um pouco difícil. Mais difícil que a leitura de Razão e Sensibilidade. Mas eu consegui ler, gostei e recomendo.
 
Aqui faço um parêntesis. (Voltando a reler Orgulho e Preconceito, seis anos depois, me vejo absorvida na leitura, cativada pelos personagens, rindo das ironias e perspicácia da autora e me apaixonando pelo sr. Darcy de uma maneira que não havia acontecido em meus ingênuos treze anos. Por isso, farei uma correção na recomendação de leitura. Aproveitei muito mais a leitura aos dezenove anos.)

Título: Orgulho e Preconceito
Autora: Jane Austen
Recomendado a jovens de treze e catorze anos  dezesseis a vinte anos.
Texto integral
Tradução de Roberto Leal Ferreira

terça-feira, 22 de setembro de 2015

Sir Jerry Detetive

Patrice, Florence, Ned, Nell vão passar um tempo na casa do tio Dick e da Tia Belle, onde encontram seus primos Philippe, Bruno, Brigitte e Anicette.
Para distrair as oito crianças, Tia Belle contrata um show de mágica. O mágico, Mérougi, exige silêncio e que as luzes estejam apagadas para que o show comece. Então ouve-se uma sonora gargalhada.
Quando as luzes são novamente acesas, vê-se no lugar de Mérougi, uma linda menininha.
- Quem é você? - lhe perguntam
- Sou Mérougi! - responde a menininha.
Apesar dos meninos retrucarem dizendo que aquilo não era possível e que Mérougi era o mágico e não ela, a menina insistiu de que era Mérougi.
Confusas as oito crianças vão reclamar com tia Belle.  Tia Belle  não sabia de onde a menina viera e quem eram seus pais.
Mas não era apenas o caso do desaparecimento do mágico que atiçava a curiosidade das crianças. Elas souberam de tia Belle que seu colar de pérolas negras havia desaparecido. Aquele colar significava muito para tia Belle. Imediatamente começaram a surgir suspeitas contra a pequena Mérougi, que quase não falava com eles. As oito crianças passam a ficar atentas a qualquer ato suspeito da parte de Mérougi. Aflita, e não querendo desconfiar de Mérougi, tia Belle contrata o grande amigo de tio Dick, Sir Jerry Detetive. E a aventura começa!

Uma leitura muito simples e divertida! E um final totalmente inesperado, devo acrescentar!

Título: Sir Jerry Detetive
Autor: Mad H. Giraud
Recomendado a: jovens de dez a dezesseis anos
Texto integral

terça-feira, 8 de setembro de 2015

O Conde de Monte Cristo

Edmundo Dantès era um homem bom. Ele amava uma jovem, Mercedes, e havia acabado de se tornar capitão de um navio. Porém nem todos estavam felizes com sua felicidade: um rapaz, chamado Fernando, e outro de nome Danglars, dois amigos de Edmundo.
 O primeiro também amava Mercedes e queria casar-se com ela em seu lugar e o outro cobiçava o posto de capitão que Edmundo acabara de conquistar. Os dois, movidos pela inveja, forjam uma falsa acusação contra Edmundo Dantès.
Edmundo, por causa desta acusação, é posto prisioneiro por treze anos no Castel de If, onde conhece o velho abade Faria. O abade, já sem a certeza de sair da prisão vivo, revela a Edmundo o lugar de um imenso tesouro.
Quando sai de lá, informado da existência do grande tesouro, Edmundo fica na posse de uma grande fortuna. Com ela, ele bolará os meios mais inteligentes de se vingar de seus falsos amigos.

Porém não ache que  Edmundo Dantès tem razão em querer se vingar de seus falsos amigos. Está certo que ele pode se enfurecer com eles e tem motivos para isso, mas Edmundo não se vinga corretamente. Se você ainda não sabe, caro leitor, há duas maneiras de se vingar. Edmundo Dantès se vinga apenas para mostrar aos companheiros as consequências de tê-lo posto na prisão, para que eles sintam o que ele sentiu. Mas há uma maneira, a mais correta, de se vingar: mostre ao companheiro que ele errou para que ele possa se consertar. Se Edmundo Dantès tivesse se vingado de maneira correta, então eu não teria o que criticar, mas não foi o caso. E é por isso que estou colocando um pequeno porém nesta estória.

Título: O Conde de Monte Cristo
Autor: Alexandre Dumas
Recomendado a jovens de doze anos.
Recontado por Miécio Tati.

terça-feira, 1 de setembro de 2015

Emma

Emma Woodhouse, após a morte de sua mãe e do casamento de sua irmã mais velha e de sua governanta, passa a ser a dona da casa. Ela vive apenas com seu pai.
Emma é uma jovem de 22 anos que pensa em casar a todos, mas ela mesma não quer se casar.
Ela conhece uma jovem chamada Harriet Smith e se torna uma grande amiga dela. Emma resolve casar Harriet a todo custo. E ignorando os conselhos de seu amigo, o sr. Knightley, Emma coloca a amiga em situações embaraçosas. Mesmo assim, Emma insiste em querer a amiga bem casada e não desistirá até atingir seu objetivo.

A leitura não é fácil, mas eu consegui ler perfeitamente bem.

Título: Emma
Autor: Jane Austen
Recomendado a meninas e moças a partir de treze anos
Texto integral




terça-feira, 25 de agosto de 2015

As aventuras de Huck

Quem leu As aventuras de Tom Sawyer conhece Huckleberry Finn e com certeza quer saber mais sobre suas façanhas. Huck é adotado por uma viúva que quer colocar mais juízo na cabeça dele. Huck, porém, não quer saber de estudar nem de se comportar. E mesmo com pena da viúva, Huck foge acompanhado de Jim, um escravo à procura de liberdade. Os dois saem pelo mundo e encontram todo tipo de gente, bêbados, assassinos, ladrões, comerciantes, pescadores, vigaristas, mocinhas inocentes e fazendeiros. Resumindo, vivem grandes aventuras, perigosas e divertidas.

Um livro cheio de surpresas e muito bem adaptado para jovens a partir de dez anos!

Título: As aventuras de Huck
Autor: Mark Twain
Recomendado a jovens a partir de dez anos
Texto em português de Herberto Sales

quarta-feira, 19 de agosto de 2015

Razão e sensibilidade

Com a morte de Henry Dashwood, seu filho John Dashwood herda-lhe a mansão e a esposa e filhas de Henry Dashwood se tornam hóspedes em sua própria casa. A esposa de John Dashwood convidou seu irmão para visitar sua nova casa. Edward Ferrars era seu nome. Elinor simpatiza com ele e sente ter que deixar sua companhia em breve, pois é verdade que ela e suas irmãs terão que se mudar, deixando a mansão para seu verdadeiro herdeiro. Veem-se então obrigadas a mudar-se para um chalé em Barton Park.
A sra. Dashwood e suas filhas - Elinor, Marianne e  Margaret - passam a morar em Barton Park e fazem amizade com os seus novos vizinhos. Elinor era mais sensata e Marianne mais sensível. Elinor sentia saudades de Edward Ferrars. Marianne conhece um rapaz pelo qual se apaixona cegamente: John Willoughby. Tanto Elinor quanto Marianne encontram problemas com suas paixões e a atitude das duas é bastante diferente. Saiba como Elinor, usando da razão e Marianne, seguindo seu coração, agem nestes casos de amor.

Uma leitura bem diferente das que estava acostumada, tenho que admitir. Uma leitura um pouco difícil, mas um romance espetacular!

Título: Razão e sensibilidade
Autor: Jane Austen
Recomendado a: jovens de doze a catorze anos.
Texto integral

terça-feira, 11 de agosto de 2015

O Castelo dos Três Pendões

No castelo de Valério haviam três pendões que representavam as três maiores conquistas de sua família. Aqueles três pendões deviam ser honrados e se Valério ou qualquer membro de sua família fizesse algum ato vergonhoso que manchasse a honra de sua família, aqueles três pendões deviam ser retirados da sala onde ficavam expostos. E aquele que tivesse desonrado a família, não mais deveria pôr os pés no castelo.
As grandes navegações já estavam começando. Navios carregados de soldados partiam em buscas de novas terras e especiarias. Os cavaleiros, pouco a pouco, eram convocados para participar de alguma frota, sendo forçados a deixar suas casas e famílias. Os cavaleiros faziam isso com muito vigor e ansiedade. Mas Valério tinha medo do mar. As ondas o deixavam enjoado. A última coisa que ele poderia esperar era ser chamado para participar de alguma frota. Mas ele foi chamado.
Bem, não havia remédio: ele tinha que ir. Ele deveria trabalhar no convés de uma embarcação no meio do mar. As ondas subindo e descendo, fazendo o navio subir e descer no mesmo ritmo lento. Valério sentia-se enjoado só de pensar. Ele não podia ir, ele não conseguia. Valério fugiu da missão que lhe fora oferecida, desonrando sua família e fazendo os três pendões serem guardados. Quando as pessoas souberam do declive do cavaleiro, não quiseram mais saber dele, até sua namorada o rejeitara. Desconfortado, Valério procurou refúgio em seu castelo, mas seu criado o impediu de entrar. O Castelo dos Três Pendões não poderia servir de casa a um cavaleiro que desonra seu nome. Ele estava só.
Arrependido, Valério terá que mostrar seu valor e tentar restituir o título da família.

Uma leitura simples e interessante para os jovens leitores e para aqueles que quiserem ter uma boa noção de como foram as navegações.

Título: O Castelo dos Três Pendões
Autor: Balthazar de Godoy Mozeiza
Recomendado a: jovens de dez anos em diante.




quinta-feira, 6 de agosto de 2015

Ivanhoé

Quem já aprendeu sobre as Cruzadas em seus estudos, poderá se interessar facilmente por esse livro. E quem se encanta com romances de cavalaria também gostará de lê-lo. Mas mesmo se você não se interessar pelas Cruzadas nem por romances de cavalaria, não quer dizer que não vai gostar do livro. Eu gostei muito.

Os cavaleiros estavam voltando das Cruzadas e Ivanhoé também. Ivanhoé era um cavaleiro deserdado e tenta a todo custo obter o perdão de seu pai e casar-se com a Lady Rowena. Infelizmente ele é ferido em um torneio e deve ir para a casa do judeu Isaac de York, cuja filha se apaixona por ele. Mas não é  Ivanhoé que ama Rebbeca e sim, o templário Brian de Bois-Gilbert, mas ela não quis saber dele. E o cavaleiro De Bracy está apaixonado pela encantadora Rowena. Em meio a tantos cavaleiros e damas apaixonados, há lutas entre cavaleiros e torneios a serem vencidos, assaltos na estrada, prisões... Rebbeca é então acusada de feitiçaria e vai ser morta se nenhum cavaleiro quiser lutar a seu favor em um duelo. Um cavaleiro deverá lutar por Rebbeca e outro pelo Templo. Brian de Bois-Guilbert se prontifica a lutar por ela, mas como ela não o ama, ele luta pelo Templo. Que cavaleiro arriscará sua vida pela bela Rebbeca?

Título: Ivanhoé
Autor: Walter Scott
Recontado por Stella Leonardos
Recomendado a: jovens de doze anos em diante


quinta-feira, 23 de julho de 2015

20.000 léguas submarinas


Quando uma estranha criatura apareceu ao longe no mar, o mundo inteiro ficou curioso. Que seria aquilo? Ninguém sabia.
Parecia grande demais para uma baleia e locomovia-se muito depressa. Os navios que se aproximavam da criatura eram danificados por sua incrível cauda. Então o navio Abraham Lincoln é encarregado de ir verificar o que era realmente aquele monstro marinho. Além da tripulação, estavam a bordo o especialista em ciências naturais, o professor Aronnax, junto a seu fiel criado Conselho e também o arpoador Ned Land.
É com tremenda fúria que a criatura recebe o navio Abraham Lincoln, lançando ao mar o professor Aronnax, Conselho e Ned Land. 
Os três, para não se afogarem, vão até uma ilha, onde pretendem esperar por socorro. Qual não é a surpresa deles, ao ver que estão em cima do terrível monstro. Mas o que eles descobrem depois os surpreende ainda mais...

O livro é da coleção Clássicos da Literatura Juvenil e, como a maioria dos livros desta coleção, ele é muito bem narrado e adaptado. Neste livro, Júlio Verne teve que reunir parte de seus conhecimentos sobre a vida submarina.

Recomendo que aqueles que lerem 20.000 léguas submarinas leiam também A ilha misteriosa, sequência deste.

Título: 20.000 léguas submarinas
Autor: Júlio Verne
Recontado por Paulo Mendes
Recomendado a jovens de onze anos


quinta-feira, 2 de julho de 2015

As aventuras de Tom Sawyer

Tom Sawyer era um garoto travesso. Mas raramente ele conseguia se safar de levar uma reprimenda de sua tia Polly. Tom Sawyer ainda tinha que aturar o seu irmão Sid, que vivia dedurando ele e pondo a culpa nele em tudo.
Mas, além disso, Tom viverá duas grandes aventuras.
No caminho da escola, Tom combina com Huckleberry Finn de ir até o cemitério à noite para levar um gato morto para lá. Mas para que um gato morto? Segundo Huck, é para se livrar de verruga. Ele jogaria um gato morto em cima do diabo para que ele levasse o gato morto embora junto com a verruga. Não acho que dê muito certo, mas os dois garotos resolveram tentar.
No cemitério, Huck e Tom presenciam um assassinato de um médico em que o assassino põe a culpa em seu companheiro - que estivera inconsciente durante o assassinato. Seu companheiro acredita que foi ele mesmo que matou o médico e fica desesperado. O índio Injun Joe - que fora o assassino - trata de se esconder em algum lugar bem distante e seu companheiro é preso. Tom e Huck juram não contar nada a ninguém. Acontece que o companheiro de Injun Joe, Muff Potter, era muito amigo deles e eles não gostariam de vê-lo preso. Que fazer?
A outra aventura se passa numa gruta, onde Tom e sua amiga Becky veem-se completamente perdidos. E o pior não era isso: Tom se depara com Injun Joe na gruta. O índio se escondera lá possivelmente. E se Injun Joe descobrisse que Tom sabia de seu esconderijo, o mataria com certeza. E agora?

O livro é muito bem narrado e divertirá a todos, tanto crianças quanto adultos.

Título: As aventuras de Tom Sawyer
Autor: Mark Twain
Recomendado a: jovens de dez ou onze anos em diante
Texto integral
Tradução de Monteiro Lobato

terça-feira, 30 de junho de 2015

Chamado selvagem

Meu irmão não me recomendou este livro. Ele apenas falou: "Leia!". E eu li.
É uma leitura diferente das que eu estou acostumada. Foi como meu irmão disse: "Não é um livro para meninas sensíveis. É para os corajosos, de caráter forte."
É para os que não se emocionam com facilidade e podem ouvir as seguintes palavras com frieza: garra, sangue, dentadas... Selvagem.

E se você não ficou traumatizado com estas palavras, pode ler este livro com confiança.

Buck era um cão que vivia com seu dono tranquilamente. Ele deixava que as pessoas lhe passassem uma corda no pescoço e guiá-lo sem esboçar a menor contrariedade. Mas quando esta corda passou para as mãos de um estranho, Buck percebeu que as coisas iam mudar.
Ele latiu,latiu e latiu. Arreganhou os dentes e mostrou que não se conformava com aquela conduta. Mostrou de todos os jeitos possíveis. Mas de nada adiantou. Desceram o porrete sobre Buck e ele desmaiou.
Quando acordou, viu-se atrelado num trenó em meio à neve branca e espessa. Estava no Alasca. E lá, tudo o que poderia fazer era andar e puxar o trenó com todas as suas forças cercado de outros cães como ele. E teria que fazer isso por quilômetros e quilômetros.
Não era só com isso que Buck tinha que se preocupar. Sua atenção se dirigia a Spitz, o líder da matilha. Spitz era mandão e violento com os outros cães. Buck odiou Spitz da primeira vez que o viu. E ele sabia que isso lhe traria problemas.
Além de dar um jeito em Spitz, Buck terá que mostrar seus valores e ganhar a confiança de seus novos donos.

Mesmo sendo meio selvagem, o livro é bem interessante e Jack London com certeza interessará algum dos que estão lendo esta página. Pode ser você. Por que não dá uma lida?

Título: Chamado selvagem
Autor: Jack London
Recomendado a: jovens, principalmente meninos, de doze ou treze anos
Texto integral

quinta-feira, 25 de junho de 2015

Sem Família

O livro relata a história de um garoto chamado Renato que descobre que a mulher que cuida dele não é a sua mãe. E quem ele considerava seu pai não queria mais saber dele já que um acidente interrompera seu trabalho e ele não poderia alimentar mais uma boca. Querendo tirar proveito do rapaz, o seu "pai" vende-o para um músico e adestrador de cães ambulante, o sr. Vitalis.
Renato passou bom tempo com o sr. Vitalis, que tocava música e fazia apresentações com seus cães nas praças. Mas quando Vitalis é preso, Renato se vê sozinho com os cães e é obrigado a usar do que sabe para ganhar dinheiro. Tocando harpa e fazendo os cães dançarem, Renato inicia uma jornada emocionante. Uma jornada que nem em sonhos ele imaginaria enfrentar! Além disso, Renato precisa descobrir quem são seus verdadeiros pais e para isso precisará de muito mais que um pouco de coragem!

A história do garotinho abandonado comoverá o público jovem e adulto do mundo inteiro! Mas não é só a beleza da história que convencerá o leitor a ler. O livro nos traz um texto muito bem adaptado e ilustrações simples e bonitas. É Renato quem conta a história para nós, ou seja, a história é narrada em primeira pessoa. Isso faz com que o leitor tome parte nas decisões do personagem principal, auxiliando na compreensão do texto. Por exemplo, num momento de dificuldade, em que Renato precisar tomar uma decisão difícil, o leitor participa de suas aflições e sente o mesmo alívio que o personagem quando a decisão for tomada.
Boa leitura!

Título: Sem Família
Autor: Hector Malot
Recomendado a: jovens de onze anos ou mais.
Adaptação de Virgínia Lefèvbre


terça-feira, 9 de junho de 2015

A extraordinária jornada de Edward Tulane

Edward Tulane é um coelhinho de porcelana que faz companhia à pequena menina Abilene e mora numa bela casa na Rua Egito.
Edward vivia feliz e satisfeito, mas ele não amava Abilene. Não amava, porque não sabia amar e não queria amar. Ele achava que não havia motivo para amar.
Certa vez, Abilene levou ele para um navio e ele caiu no mar.
O que pode fazer um coelho de porcelana no fundo do mar? Ele não fala, não respira, mas também não se mexe. Como vai sair dali?
Depois de sair do mar, Edward acaba nas mãos de um pescador e sua mulher e aprende a amá-los. Infelizmente ele tem que se separar deles e vai passando de mão em mão, conhece várias pessoas... E paixões. Como acabará esse coelho errante neste mundo tão grande?

Com o jeito especial de escrever, a autora encontrará um final lindo e comovente a este livro, sensibilizando as crianças e os adultos que lerem este livro.

A leitura é bem simples e agradará ao público jovem e também ao adulto, surpreendendo a todos.

Título: A extraordinária ornada de Edward Tulane
Autor: Kate DiCamillo
Recomendado a: jovens de dez e onze anos em diante.
Texto integral, mas fácil de compreender e divertido de ler.

quinta-feira, 28 de maio de 2015

Robin Hood

Quem nunca ouviu falar em Robin Hood?
Você conhece Robin Hood? Conheço, claro! Conheço também o João Pequeno, o frei Tuck, a Marian ...
Mas você conhece a história toda? Ah, aí é diferente!
Para resolver ler ou não, é preciso conhecer a história!

Quando Roberto Fitzooth, depois de ameaçado, mata o guarda florestal e um cervo real do rei Henrique, é posto como fora-da-lei e vai viver com um grupo de bandoleiros na floresta de Sherwood. E além de ser aceito no bando, é nomeado chefe deles! E todos que entravam para o grupo eram novamente batizados e Roberto foi chamado e Robin Hood.
Acontece que Robin era um bandoleiro escorregadio: ninguém conseguia pôr as mãos neles e, se conseguia, logo ele lhe escapava das mãos.
Imagine que o xerife de Nottingham, que servia ao rei, mandava muitos homens para a captura de Robin e o fora-da-lei, além de se esquivar de todos eles, conseguia colocá-los no bando dele. E pensar que um grupo que começou com quarenta homens, alcançaria a mais de duzentos! E Robin, mesmo perseguido, vivia na maior vida boa, comendo os cervos reais!
Aliás, Robin não é só um bandoleiro, ele é um arqueiro apaixonado. E a linda donzela Marian estava tão distante dele que seu coração quase se despedaçava!
Está certo que Robin Hood era sujeito difícil de prender e a cada dia a cólera do xerife aumentava, mas ele seria perseguido por toda a sua vida?
Um jeitinho fácil de descobrir é pegar no livro e sair lendo!

Título: Robin Hood
Literatura inglesa
Adaptação de Monteiro Lobato
Recomendado a: jovens de onze a treze anos.

terça-feira, 26 de maio de 2015

O segredo das três castelãs

É verdade que é uma edição muito antiga, o livro que li não estava nos melhores estados. A questão é que é um livro muito bom. Acredito que toda a Coleção Menina e Moça seja muito boa.
O segredo das três castelãs é um livro que fala de um segredo. Um segredo muito interessante que dois irmãos tentarão descobrir.
Quando Bela e André, perdidos num dia de chuva, vão pedir abrigo num castelo no meio do nada, eles têm o pressentimento de que o lugar encerra grandes mistérios. A suspeitas dos dois irmãos começa quando eles descobrem que, espiando atrás da cortina, estava uma menininha de uns sete anos muito bonita. E ela era tão bonita que André sente forte desejo de vê-la uma vez mais no dia seguinte. Com essas tentativas de um novo encontro, André e Bela acabam descobrindo uma outra coisa. Descobrem que havia uma escritura de arrendamento perdida que pertencia às castelãs e, sem ela, as castelãs não poderiam receber as terras que eram delas por direito. Isso faz brotar em André e Bela uma vontade enorme de ajudar as castelãs. E você? Não sente nada? Nem uma certa curiosidade?

O segredo das três castelãs não é aquele livro de mistério que é impossível de tentar desvendar junto com os personagens. Muito pelo contrário! É um que você lê e consegue desvendar os enigmas e depois descobre que os personagens tiram a mesma conclusão que você! É muito divertido!

Título: O segredo das três castelãs
Autor: Eric de Cys
Recomendado a: jovens de 10 a 16 anos
Texto integral

terça-feira, 19 de maio de 2015

História em duas cidades

Esta história, como sugere o título, se passa em duas cidades. Se passa em Londres e em Paris.
Era final do século XVIII e as damas se vestiam elegante e modestamente, os homens andavam em carruagens e ainda se necessitava dos bancários, pois não existia caixa eletrônico.
E nesta época vivia a senhorita Lúcia Manete, filha do senhor Alexandre Manete. Vivia uma vida simples e acomodada com o pai quando uma revolução se levanta na França e ameaça destruir sua paz: A revolução francesa.
Essa revolução se levantou contra os aristocratas e o povo se vingou de tudo quanto lhes passava na cabeça: falhas que os senhores mais nobres pudessem ter acometido contra eles, impostos, multas... 

Tantos tramas e acontecimentos se desenrolam no início, meio e fim deste livro que é impossível fazer uma resenha voltada para um acontecimento relevante da história. Principalmente porque os acontecimentos se encaixam! Sendo assim, caro leitor, tudo o que posso dizer é que o trama principal é a revolução francesa.

Este livro me ajudou a ter uma ideia mais ampla do que foi esta revolução. O livro não exagera nas consequências da revolução francesa e torna tudo mais interessante de estudar. De qualquer forma é um livro muito bom. Charles Dickens não descreve as coisas com aquela minúcia toda que alguns autores acham indispensáveis num livro. Ele as escreve muito bem e vai direto ao assunto. Eu tive que ler este livro com muita calma e paciência, prestando atenção em todos os pormenores. 
O livro que li era da coleção Histórias, da Editorial Bruguera. A coleção é ótima. As ilustrações são em quadrinhos e facilitam a compreensão do texto. Além disso, essa coleção toda é de clássicos integrais, a obra original do autor. E querem uma dica? Se forem ler o livro desta coleção, leiam primeiro o texto e depois voltem desde o início e leiam só os quadrinhos. Ajuda muito!

Título: História em duas cidades
Autor: Charles Dickens
Recomendado a: jovens acostumados a leituras mais difíceis (que conseguiriam ler O Senhor dos Anéis com facilidade) e, de preferência, com mais de treze anos.
Texto integral

quinta-feira, 14 de maio de 2015

Jim Knopf e Lucas, o maquinista

Depois que li A história sem fim, de Michael Ende, fiquei doida para ler outros livros do autor. Encontrei este, Jim Knopf e Lucas, o maquinista, que, por ser de Michael Ende, estava na minha lista de desejos.
Agarrei o livro. Tinha umas letras enormes, mas eram duzentas páginas, então valia a pena.  As ilustrações eram bem feitas e o livro era engraçadíssimo! Descobri então que Michael Ende era o escritor do impossível. Escrevia tudo o que vinha em sua mente e suas narrações eram claras e diretas, não deixando o leitor entediado. Amei o livro!

Com certeza você vai querer saber sobre o que se trata a história...
Bom, Lummerland era uma ilha bem pequena. Tanto que nela só cabiam quatro pessoas e uma locomotiva. Seus nomes eram o sr. Colarinho, a sra. Hem, o rei Quinze-para-meio-dia, Lucas, o maquinista e a locomotiva Ema. Tudo ia bem e tranquilo quando chegou em Lummerland um pacote muito misterioso. O endereço não era Lummerland e ,sim, Xummerland e não havia o nome do remetente. Bom, Xummerland só podia ser Lummerland, né? E como não houvesse outro país com nome parecido, resolveram abrir o pacote. Nele havia um menino, um bebezinho negro muito bonitinho. A senhora Hem resolveu ficar com ele. Chamaram-no Jim Knopf.
Jim cresceu forte e sadio e ficou muito amigo de Lucas, o maquinista.
Certo dia o rei Quinze-para-meio-dia disse a Lucas que logo Jim se tornaria um homem grande e não haveria espaço na ilha para ele. Não queria abandonar o menino e nem outro dos quatro habitantes da ilha. Só restava a locomotiva Ema. Mas Lucas adorava aquela locomotiva! O que faria um maquinista sem uma locomotiva? Seria vergonhoso! Então Lucas resolve partir em segredo com a locomotiva. Assim Jim poderia continuar morando na ilha com a sra. Hem, sua mãe adotiva. Jim descobre e resolve partir com eles. Eles percorrem o mundo e descobrem que o governador de Mandala teve sua filha sequestrada e levada para a Cidade dos Dragões. E os dois maquinistas e a locomotiva vão procurá-la.
Em que resultará essa busca? Só há um jeito de saber...

Título: Jim Knopf e Lucas, o maquinista.
Autor: Michel Ende
Recomendado a: jovens a partir de dez ou onze anos
Texto integral, mas fácil e divertido de ler!

terça-feira, 5 de maio de 2015

A volta de Lassie



Lassie era a adorável cachorra de Joe Carraclough. Eles viviam juntos em Yorkshire.  Certo dia, o trabalho do sr. Carraclough, o ganha-pão da casa, foi interrompido e a vida simples deles começou a apertar. Mesmo nestes apertos, Joe continuava indo à escola.
Na saída, Lassie o esperava no portão, sempre no mesmo horário. Um dia, ela não apareceu.
Joe correu até em casa na esperança de que ela tivesse se atrasado, ou esquecido. Mas não era possível! O instinto de um cão nunca falha! Bom, Joe teria que se conformar: Lassie já não o esperaria no portão. Nem em casa. Nem em lugar nenhum. Fora vendida.  Pobre Lassie! Joe não conseguia acreditar.
É verdade que custava muito alimentar a bela collie, mas Joe jamais aceitaria ficar longe dela. Lassie foi vendida para um senhor muito rico. Este senhor tinha de todos os cães da Escócia em seu canil. E se havia algum cão bonito pelas ruas, então esse cão era dele.
Mesmo assim, Lassie não se sentia feliz naquele lugar. Não mesmo! E era por isso que ela daria um jeito de sair. Ah, se dava!
Mas... Havia um problema. O senhor muito rico resolveu morar 650 quilômetros longe da antiga casa de Lassie. Aguentaria um cão percorrer tal jornada a pé? Isso é o que veremos.

O livro é muito bem escrito e divertido de ler. As ilustrações são muito bonitas. Não sei se ainda se encontra esta edição por aí, porque a minha mãe comprou este volume em sebos. Mesmo assim vale muito a pena.

Título: A volta de Lassie
Autor: Eric Knight
Recomendado a: jovens que gostam de cães e da Escócia, ou que já completaram onze anos.
Texto integral

quinta-feira, 16 de abril de 2015

Fabíola

Você conhece a história de São Sebastião, São Pancrácio e outros santos que não têm, a maioria, histórias próprias sobre sua vida? Não? Então encontramos aqui um livro com todos estes heróis mártires que morrem por Cristo, confirmando sua fé.
A história se passa em Roma, no século IV durante as perseguições aos cristãos promovidas no império de Deocleciano. A personagem principal é uma jovem mimada pelo pai, Fábio, de nome Fabíola.
Faz realmente muito tempo que li este livro e a última frase eu tive que pesquisar para incluir. O livro me foi recomendado pela minha mãe, que leu e gostou muito. Assim como minha mãe, eu li e gostei muito. No início eu não queria ler, como aparentemente muitos leitores mais jovens, acostumados a leitura fantástica, não quererão também, mas li e gostei.
O livro é muito bem narrado e escrito, de maneira a não desanimar o leitor. A coleção que li é muito boa e creio que só se encontra em sebos. É a mesma coleção do livro O príncipe e o mendigo e Santa Bernadete, os quais escrevi a resenha tempos atrás. A coleção traz, em vez de ilustrações, partes da história em quadrinhos ao longo das páginas. Eu usei apenas as imagens para me guiarem na história e não li os textos escritos nos balões, pois às vezes a ilustração vinha antes do acontecimento, estragando a leitura. Minha mãe também fez isso e favoreceu a nós duas.

Título: Fabíola ou A igreja das catacumbas
Autor: Cardeal Wiseman
Recomendado a: jovens de onze anos
Texto adaptado.

terça-feira, 14 de abril de 2015

O jardim secreto

Quando os pais de Mary Lennox morrem, a menina fica sozinha e é enviada para Misselthwaite Manor para morar com o tio, o sr. Craven. O tio mora na enorme casa de cem cômodos, a maioria fechados. Mary é uma menina franzina, magra e amarela - nascida na Índia - que não suporta a presença de outras pessoas e nunca fez amizade com ninguém, nem com seus próprios pais. Ela não imagina o que Misselthwaite Manor poderá fazer com sua saúde frágil. Sua mãe, agora morta, não suportara a ideia de ter uma filha e colocou-a a cuidados de uma Aia que deveria manter a menina afastada dela. E a sra. Lennox era uma menina tão bonita e sua filha uma garota tão feia e insuportável! Como poderia se transformar na menina que vemos na capa do livro?  Mary tem dez anos. Em Misselthwaite Manor, ela passeia pelos jardins - não há nada para fazer dentro de casa - e descobre que um deles estava trancado há dez anos, que ninguém pode entrar lá e que o sr. Craven, desde a morte da esposa, trancara-o e enterrara a chave. Mas por quê? Mary quer muito descobrir. E não é só isso: Ela quer descobrir o autor dos choros e gemidos longíquos que ela ouve à noite. O que será tudo isso? Como uma casa solitária pode guardar tantos segredos? Segredos que a cabecinha infantil de Mary tentará solucionar.

Título: O jardim secreto
Autor: Frances H. Burnett
Recomendado a: jovens de dez anos
Texto integral

sexta-feira, 10 de abril de 2015

O raio verde

Não hesitei em ler este livro... E fiz com razão. A capa me era muito interessante e parecia diferente de todos os livros que li de Julio Verne. Eu desconhecia este livro entre os outros do célebre escritor e fiquei curiosíssima em descobrir sobre o que era, já que não tinha sinopse.
Narra a história de uma jovem de 18 anos, órfã, que era cuidada pelos tios Sam e Sib, dois irmãos quase gêmeos que quase sempre se imitam em tudo o que fazem. Eles metem na cabeça a ideia de que deviam escolher um marido para a sobrinha. Escolhem Aristóbulo Ursiclos, um sábio homem. Helena Campbell afirma que nunca se casará, a menos que... Que tenha visto o raio verde.
Que raio de raio verde era aquele? Percebendo a dúvida dos tios, Helena Campbell lhes mostrou o jornal Correio da Manhã. E eis o que os tios Sam e Sib e os amadores de curiosidades científicas tinham podido ler no Correio da Manhã daquele dia:
  "Já observaram algumas vezes o pôr do sol num horizonte marítimo?Sim, sem dúvida!Seguiram-no até o momento em que a parte superior de seu disco, aflorando à linha da água, está prestes a desaparecer? É muito provável. Mas repararam no fenômeno que se reproduz no momento exato em que o astro radioso lança seu derradeiro raio, quando o seu, livre de brumas, é de perfeita limpidez? Não, talvez! Pois bem, a primeira vez que tiverem ocasião - raramente ela se apresenta - de fazer esta observação, não será, como se poderia imaginar, um raio vermelho que virá ferir a retina dos seus olhos. Será um raio verde, mas de um verde maravilhoso, que nenhum pintor pode obter em sua paleta, cuja matiz a natureza, nem na cor tão variada dos vegetais, nem na tonalidade dos mares mais límpidos, jamais reproduziu! Se há verde no paraíso, não será senão esse, que é, sem dúvida, o verde da esperança!"
Impressionante, não? Helena Campbell não decidiu ver o raio verde para prolongar seus dias de solteira. Não, era porque ela era uma moça romântica. E mesmo se não fosse, ela teria razão em não querer e casar com Aristóbulo. Ora, ele era um científico ignorante e insensível e não conseguia ver as coisas com o coração. A sta. Campbell poderia muito bem não querer casar-se com ele.A história é muito interessante e acaba como uma bela história de amor.
Se vocês acham que um livro de 170 páginas não poderia conter apenas a história de uma viagem em busca de um por do sol perfeito, então, meus amigos, vocês não conhecem Júlio Verne!
Minha mãe passava pelo meu quarto quando eu terminava o penúltimo capítulo e ouviu minha exclamação escapar por meus lábios cerrados de emoção:
- Não acredito!
Você acredita? Para saber, leia O raio verde.

quarta-feira, 8 de abril de 2015

A ilha misteriosa


Eram quatro prisioneiros de guerra: Pencroff, marinheiro, Spillet, repórter, Nabucodonosor, ex-escravo, e Cirus Smitt, engenheiro. Cirus Smitt propõe que escapem para bem longe em um balão que estava por ali. E eles foram. Foi também um jovem rapazinho chamado Harbet o qual Pencroff  considerava seu filho.
Os cinco partem então. E vão parar em uma ilha deserta por causa de uma tempestade.  Lá eles encontraram um célebre personagem de Verne que os ajudará a colonizá-la. Sim, eles resolvem colonizá-la, visto que era impossível voltar, pois não tinham para onde ir. E estavam fazendo isso muito bem quando desembarcam na ilha uma corja de piratas que pretendem usar a ilha como refúgio.
E agora? Eu também me pergunto, leitor, e agora?

Júlio Verne já escreve bem. Clarice Lispector veio ajudar Verne a escrever para crianças menores entre onze a treze anos. E não podia ter combinado melhor. Clarice Lispector torna a obra do extraordinário escritor francês em um entretenimento mais que interessante para jovens. É uma ótima leitura.

Título: A ilha misteriosa
Autor: Júlio Verne
Adaptação de Clarice Lispector
Recomendado a: jovens entre onze e treze anos


quinta-feira, 26 de março de 2015

O gênio do crime


Faz muito tempo que li este livro, portanto não escreverei tão bem quanto pretendia esta postagem. Confesso que precisei ler outras resenhas sobre o livro para poder escrever esta, mas eu não copiei de lugar nenhum.
Havia um álbum de figurinhas, o álbum de figurinhas de futebol do seu Tomé. Quem completasse o álbum, ganharia um prêmio. Acontece que haviam muitas figurinhas difíceis de encontrar e poucas eram as crianças que completavam todo o álbum. Acontece também que uma fábrica misteriosa começou fabricar estas figurinhas difíceis e vendê-las na rua para todo mundo. Os rapazes começaram a completar o álbum e reclamar seus prêmios com frequência e seu Tomé não tinha o que dar. As ameaças contra a fábrica de figurinhas choveram como em uma tempestade.
Edmundo, Pituca e Bolachão e, no decorrer da história, Berenice se únem para descobrir quem é a fabrica que vende as figurinhas difíceis. O único problema é que o diretor desta fábrica é um gênio do crime difícil de lidar. A turma do Gordo de junta para desvendar esta trama e para isso eles podem contar com uma misteriosa ajuda.

Título: O gênio do Crime
Autor:  João Carlos de Marinho
Recomendado a: jovens de onze anos.
Texto integral

terça-feira, 24 de março de 2015

A vida de Santo Antônio Maria Zaccaria


Santo Antônio Maria Zaccaria foi um grande santo. Fundo a Ordem dos Barnabitas, a congregação das irmãs Angélico... Fez muitas coisas.
Tudo começou quando decidiu se tornar médico. Percebendo que se fosse mal praticado, aquele ofício poderia causar a morte de muitas pessoas,  Antônio Maria  resolve ser monge. E foi.
Esse santo converteu e salvou muitas pessoas. Um grande exemplo.
O livro é pequeno e bem detalhado.A capa do livro eu não encontrei. Mas recomendo, pelo menos, que leiam a vida deste santo, principalmente agora que estamos na semana da paixão, que devemos nos ocupar com alguma leitura neste estilo.



Título: A vida de Santo Antônio Maria Zaccaria
Autor: ?
Recomendado a: jovens de pelo menos dez anos ou um pouco mais.
Texto integral.

quinta-feira, 19 de março de 2015

Mestre Gill de Ham

Quando Mestre Gil acorda sobressaltado ele não imagina as coisas que estão prestes a acontecer. Era seu cão Garm que latia sem parar ao pé de sua janela.
- Um gigante - ele gritava - Socorro! Socorro!
Garm se orgulhava muito de seu dono e gritou por toda a aldeia de Ham que seu dono espantaria um gigante que invadira suas terras. Mestre Gil, com seu bacamarte, conseguiu espantá-lo perante muitos aldeões curiosos. Mal sabia ele que esta façanha o tornaria cavaleiro.
O Rei o chamou para matar o dragão que se aproximava da cidade. Ele vai com sua égua cinzenta e seu cão para tentar dar conta do serviço. Conseguirá ele fazê-lo? Muita aventura e fantasia, sem deixar de lado o bom-humor, esperam os leitores na borda das páginas.
O livro não passa muito das cem páginas e as letras são grandes. Acaba-se rapidinho de lê-lo. Aqueles que se interessaram em ler O Hobbit, não demorarão a lê-lo. O estilo é o mesmo.


Título:Mestre Gil de Ham
Autor: J.R.R.Tolkien
Recomendado a: maiores de oito anos.
Texto integral

terça-feira, 17 de março de 2015

Santa Isabel da Hungria

"Esta história, meus queridos leitores, não é um conto de fadas, não é um conto inventado, mas é uma história verdadeira, tão bela, tão cheia de surpresas e tão diferente do mundo em que vivemos!"
Santa Isabel da Hungria foi uma santa católica e uma princesa. Casada com o príncipe Luís.
Sua vida é relatada neste livrinho com palavras simples e bonitas. O livro é muito bem contado e é dirigido ao público infantil. Parece uma mãe contando histórias aos seus filhos!
Em apenas trinta e seis páginas a autora conseguiu resumir a história desta tão boa santa.
Vale a pena ler, com certeza! Eu recomendo a todos, velhos, adultos e crianças. Não tem porquê deixar de ler!

Título: Santa Isabel da Hungria
Autor: Maria Isabel de Azevedo Santos
Recomendado a: todas as crianças
Texto simples e infantil, mas que não falta com as virtudes e bons exemplos.

sexta-feira, 13 de março de 2015

A história de Despereaux


"O mundo é escuro e a luz é preciosa.
Aproxime-se, caro leitor.
Confie em mim.
Vou lhe contar uma história."

Se essas palavras, escritas no início do livro, te prenderam  assim como fizeram a mim, tentarei fazer com que você se prenda ainda mais a essa incrível história:
Despereaux é a vergonha de sua família. Um camundongo incrivelmente pequeno, de orelhas enormes e ainda por cima nasceu de olhos abertos! Nenhum camundongo nasce de olhos abertos, não é normal. Sua mãe ficou decepcionada com ele. Despereaux não agia como um camundongo. Ele não roía as páginas de um livro como sua irmã, ficava apenas a ler , ler e ler. Ele não se escondia dos homens do castelo onde morava, ele conversava com eles. Foi assim que ele conheceu a princesa Ervilha, uma menina muito simpática e se apaixonou com ela. Os outros camundongos não se encantavam com isso. Não, eles o achavam doente e anormal. Tanto que o jogaram no calabouço do castelo. Lá havia escuridão e ratos. Ratos. A palavra não soa bem, não é verdade? É porque se assemelha muito aos donos. Os ratos são muito diferentes do que os camundongos e os devoram! Além de Despereaux, conhece-se o rato Roscuro, que diferente dos demais ratos, quer a luz. E da pobre criada Migalha Sementeira, que quer ser princesa no lugar da princesa Ervilha. Roscuro se junta a ela com um plano diabólico em mente. Fica assim dois contra dois. Sim, Despereaux está ao lado da sua amada princesa. Como tudo terminará, caro leitor? Descubra! Vamos, abra o livro!

Kate DiCamillo escreve diretamente para o público infantil. E escreveperfeitamente.

Título: A história de Despereaux
Autor: Kate DiCamillo
Recomendado a: meninos e meninas de todas as idades
Texto integral

terça-feira, 10 de março de 2015

A invenção de Hugo Cabret


Hugo, um menino órfão de doze anos é filho de um relojoeiro. Antes de morrer, seu pai descobrira um autômato perdido no sótão de um museu e pretendia consertá-lo. Agora, cabia a Hugo fazê-lo. Mas ele não tinha pai nem mãe, vivia na estação de trem dando corda nos grandes relógios de Paris. Como consertaria o robô? Hugo sabia que o autômato escreveria uma mensagem num papel quando estivesse pronto e podia ser uma mensagem de seu pai! Hugo estava animado... Mas seu caderno, onde o pai fizera anotações sobe o autômato, estava nas mãos do dono de uma loja de brinquedos. Hugo costumava roubar peças daquela loja e foi pego pelo homem, perdendo seu caderno. Quando vira o caderno, o homem, chamado Georges, ficou pasmado. Sua afilhada, Isabelli, amiga de Hugo, lhe contara que o padrinho chorou por causa do caderno. Mas por que? Cabia a Hugo descobrir. Ele precisava do caderno! Mas uma coisa atrapalhava: o inspetor da estação. Ele podia pegar Hugo e sendo ele órfão, levaria ele para o orfanato e talvez para a prisão por ter roubado. Como acabará tudo isso?

O livro pode parecer grosso, mas é rapidinho de ler, pois tem muitas gravuras, cada uma delas ocupa duas páginas inteiras e são ilustrações maravilhosas.
Uma das gravuras do livro

Título: A invenção de Hugo Cabret
Autor: Brian Selznick
Recomendado a: partir de nove anos
Texto integral