sexta-feira, 10 de abril de 2015

O raio verde

Não hesitei em ler este livro... E fiz com razão. A capa me era muito interessante e parecia diferente de todos os livros que li de Julio Verne. Eu desconhecia este livro entre os outros do célebre escritor e fiquei curiosíssima em descobrir sobre o que era, já que não tinha sinopse.
Narra a história de uma jovem de 18 anos, órfã, que era cuidada pelos tios Sam e Sib, dois irmãos quase gêmeos que quase sempre se imitam em tudo o que fazem. Eles metem na cabeça a ideia de que deviam escolher um marido para a sobrinha. Escolhem Aristóbulo Ursiclos, um sábio homem. Helena Campbell afirma que nunca se casará, a menos que... Que tenha visto o raio verde.
Que raio de raio verde era aquele? Percebendo a dúvida dos tios, Helena Campbell lhes mostrou o jornal Correio da Manhã. E eis o que os tios Sam e Sib e os amadores de curiosidades científicas tinham podido ler no Correio da Manhã daquele dia:
  "Já observaram algumas vezes o pôr do sol num horizonte marítimo?Sim, sem dúvida!Seguiram-no até o momento em que a parte superior de seu disco, aflorando à linha da água, está prestes a desaparecer? É muito provável. Mas repararam no fenômeno que se reproduz no momento exato em que o astro radioso lança seu derradeiro raio, quando o seu, livre de brumas, é de perfeita limpidez? Não, talvez! Pois bem, a primeira vez que tiverem ocasião - raramente ela se apresenta - de fazer esta observação, não será, como se poderia imaginar, um raio vermelho que virá ferir a retina dos seus olhos. Será um raio verde, mas de um verde maravilhoso, que nenhum pintor pode obter em sua paleta, cuja matiz a natureza, nem na cor tão variada dos vegetais, nem na tonalidade dos mares mais límpidos, jamais reproduziu! Se há verde no paraíso, não será senão esse, que é, sem dúvida, o verde da esperança!"
Impressionante, não? Helena Campbell não decidiu ver o raio verde para prolongar seus dias de solteira. Não, era porque ela era uma moça romântica. E mesmo se não fosse, ela teria razão em não querer e casar com Aristóbulo. Ora, ele era um científico ignorante e insensível e não conseguia ver as coisas com o coração. A sta. Campbell poderia muito bem não querer casar-se com ele.A história é muito interessante e acaba como uma bela história de amor.
Se vocês acham que um livro de 170 páginas não poderia conter apenas a história de uma viagem em busca de um por do sol perfeito, então, meus amigos, vocês não conhecem Júlio Verne!
Minha mãe passava pelo meu quarto quando eu terminava o penúltimo capítulo e ouviu minha exclamação escapar por meus lábios cerrados de emoção:
- Não acredito!
Você acredita? Para saber, leia O raio verde.

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