quinta-feira, 25 de fevereiro de 2016

Curumim Sem Some

Esse livro contém duas histórias muito interessantes e cheias de aventuras. A capa corresponde à primeira história e o título, à segunda.

A primeira história fala de um índio guarani de nome Sapoetê. Certa vez, concentrado em acertar uma flecha num bando de jacus que estavam próximos a eles, índio foi se distanciando da taba e adentrando na mata e, antes que se desse conta, estava no território de seus inimigos: os guaicurus. E eles não demoraram a aparecer! Sem poder resistir, Sapoetê foi  logo preso. Mas também não demorou muito para fugir. Logo se viu longe dos guaicurus, mas perto dos brancos. Na verdade os brancos eram só dois: Francisco Pedroso e um amigo. Eles simpatizaram com Sapoetê e, por entenderem um pouco do guarani, ouviram sua história e resolveram ajudá-lo a voltar à sua taba. Mas isso teria que ficar para depois. Francisco Pedroso e seu amigo estavam numa temporada de caça por ali e já estavam por partir, portanto Sapoetê teria que voltar com eles a São Paulo até que eles voltassem para mais uma temporada de caça. Nesse ínterim, Sapoetê teria tempo de viver algumas boas aventuras com Chico Pedroso.

A segunda história aconteceu há muitos anos, quando as casas, ruas e avenidas de São Paulo não passavam de campos e matas. Os portugueses que vinham para o Brasil preferiam ficar na costa, na Bahia, em São Vicente. A terra imensa que poucos brancos atreviam explorar era dos índios.
Entre esses índios havia um curumim. Por enquanto ele não tinha nome. Teria que praticar alguma façanha para ganhá-lo. Esse curumim, de tanto cair e se jogar no rio, aprendeu a nadar. A nadar e a mergulhar bem como um peixe. Deram-lhe então o nome de Piáu, que significa "peixe" na língua geral dos índios. Piáu, dentre tantas outras coisas, aprendeu também que covarde era aquele que temia a morte. Um indiozinho aprende logo como se deve enfrentar a morte e que vergonhoso é mostrar qualquer fraqueza ao inimigo. Isso Piáu aprendeu bem e terá a chance de mostrá-lo em breve. Visitara certa vez a taba um branco com seu filho Maneco. Maneco e Piáu ficaram muito amigos. Os dois acabaram capturados juntos por uma tribo inimiga: os tamoios. Os tamoios queriam engordá-los para depois comê-los. Que desespero tomou conta do pobre Maneco! E Piáu? Como suportou esse duro destino? Terão conseguido escapar? Se sim, como?  Essa história  promete uma aventura emocionante!

Acredito que essa resenha tenha ficado um pouco grande, mas eram duas histórias para contar história, o que justifica o tamanho. Gostei muito das duas histórias. Aprendi bastante! Na segunda história, fala também da catequização dos índios, o que é bem interessante. Cita-se nomes de padres que ergueram escolas, ensinaram os índios e até dos que tentaram ensinar os tamoios. A leitura é bem simples e fácil de entender, mesmo havendo algumas palavras indígenas. O livro não é grande, tem 110 páginas, apenas.

Título: Curumim sem nome
Autor: Balthazar de Godoy Moreira
Recomendado a partir de dez anos.

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2016

Jim Knopf e os 13 piratas

Quem já leu Jim Knopf e Lucas, o Maquinista? Aposto que, quem leu, está curioso para saber como terminam suas aventuras. Eu fiquei morta de curiosidades para descobrir a origem de Jim Knopf e o segredo dos 13 piratas. Eu e também o meu irmão, que leu o livro depois de mim. Quando finalmente ganhamos o livro, quase discutimos para ver quem leria primeiro. 
Bom, isso é pra mostrar como o livro é interessante! E como! Michael Ende, o autor, parece que escreve seus próprios sonhos de tão malucas e extraordinárias são as aventuras que ele escreve. Acho que extraordinário é o melhor adjetivo para definir as aventuras de Jim Knopf. E não acho que esteja exagerando.
Bom, tudo começou quando o rei Quinze-para-meio-dia, senhor de Lummerland, reuniu seus poucos súditos e disse que a ilha estava precisando de um farol para guiar as embarcações à noite.
A situação estava crítica, por que Lummerland era muito pequena para um farol tão grande. Foi aí que Jim teve uma ideia. 
Não vou contar qual ela é, mas para resolvê-la, ele terá que partir pelo mar e pelo deserto e, acompanhado de Lucas, a locomotiva Ema e sua filhinha Molly, que já é uma locomotiva crescida, Jim Knopf parte para lugares incríveis e vive aventuras que você nem sequer imagina! E além de cumprir sua perigosa tarefa, Jim Knopf e Lucas, o maquinista, vão tentar desvendar o segredo dos 13 piratas e descobrir a misteriosa origem de Jim.
É um livro muito emocionante e de perder o fôlego! A leitura é fácil e divertida! Vale a pena, com certeza! 

Título: Jim Knopf e os 13 piratas
Autor: Michael Ende
Recomendado a jovens de onze anos.
Texto integral.

terça-feira, 2 de fevereiro de 2016

Viagem ao Centro da Terra

Quando, entre as páginas de um velho livro islandês, o irascível professor de mineralogia, Otto Lidenbrock, encontra um documento muito antigo e quase impossível de decifrar, fica louco para descobrir os mistérios ali escritos. 
O problema é que, enquanto o pergaminho não fosse decifrado, ninguém naquela casa (que era composta pelo seu sobrinho Axel e a criada Marta) não comeria nada, nem uma migalha sequer. Os três não poderiam aguentar aquele regime por muito tempo, principalmente com as portas trancadas. 
Axel, o sobrinho, começou a ficar desesperado. Se seu tio não decifrasse a mensagem do documento, eles acabariam mortos de fome! Então - e o que mais ele poderia fazer? - Axel resolve ajudar seu tio. Quanto antes a solução fosse encontrada, melhor! Assim esperava Axel e pôs-se a estudar o velho documento por horas a fio. Por fim, quando suas esperanças começavam a desvanecer, Axel descobre chave do mistério e facilmente lê o que está escrito.
Mas  o que ele lê não lhe agrada em nada. Era uma revelação importantíssima para um professor de mineralogia. Para um professor de mineralogia, apenas. Mas não era nada saudável para um professor de mineralogia obcecado e excêntrico como seu tio. O velho documento revelou a Axel um meio de chegar ao centro da Terra através de um vulcão extinto. Se Otto Lidenbrock descobrisse aquilo, ele, Axel, estaria perdido. Seu tio colocaria na cabeça a ideia de fazer a tal viagem e o levaria junto, não obstante a suas súplicas. Aquilo desesperou Axel, mas ele não teve outra opção: revelou ao tio o que realmente havia no pergaminho, acrescentando logo que seria uma loucura tentar repetir a viagem.
Mas o professor Lidenbrock pareceu surdo ao comentário dele e começou, incontinenti, os preparativos pra viagem. Não houve argumento que convencesse Lidenbrock a esquecer a ideia. Uma viagem ao centro da Terra! Imaginem só! Ao Centro da Terra!
Bom, não houve jeito, o professor Lidenbrock e Axel foram até a cratera do vulcão, guiados pelo firme e corajoso Hans. As três figuras estavam destinadas a penetrar na cratera de um vulcão extinto, percorrer inúmeras galerias, aguentar fome e sede, dormir sobre rochas, expor-se aos mais sinistros perigos, enfrentar lagos subterrâneos, monstros marinhos e uma série de outras desventuras, mas ainda ouso dizer que foi uma experiência emocionante!

A leitura dessa adaptação é muito interessante e fácil. A obra original eu tentei, mas não consegui passar do quatro capítulo, cada palavra me dava dor de cabeça. Então eu me diverti lendo essa adaptação, mesmo! E não me arrependo! Júlio Verne nem uma imaginação incrível! Há muitas partes interessantes e de tirar o fôlego (experiência própria), mas também tem algumas partes bem chatas, me arrisco a dizer. Eu não sou geóloga, nem professora de mineralogia, então ler três páginas falando de um esqueleto quartenário foi bem cansativo. Mas, de resto, tudo bem! Podem ler sem medo! Eu recomendo!

Título: Viagem ao Centro da Terra
Autor: Júlio Verne
Recomendado a jovens de doze anos em diante.
Adaptação de Vera Neves Pedroso.