Este livro foi um dos que mais gostei! E talvez o leitor ache este livro um pouco parecido com o livro Pollyanna, pois ambas são órfãs tagarelas de onze anos, mas elas têm suas diferenças.
Anne gosta de pôr ou trocar o nome das coisas. Ela não gosta de seus cabelos ruivos e vive imaginando as coisas do jeito que ela prefere, e, na cabeça dela, fica assim mesmo. Há uma característica marcante nela e é o fato de ser tão distraída e desastrada. Ela é muito exagerada, mas eu me apaixonei por ela e amo-a cada vez mais, à medida que lia o livro. Gostaria muito de ser sua amiga, muito mesmo! A Anne tem um jeitinho especial de falar e usar palavras grandes. Devo confessar que, quando terminei o livro, comecei a imitá-la. É tão divertido!
Anne tem muitas dificuldades - sempre teve! - mas começa a querer remediá-las quando é adotada pelos irmãos Marilla e Mathew Cuthbert. Suas tentativas de se tornar boa e não ser uma provação para Marilla a faz melhorar pouco a pouco. Suas aventuras são incríveis e ela consegue tornar sua vida uma coisa muito divertida, sempre em busca das coisas românticas para se tornar parecida com as heroínas de seus livros.
Oh, como eu gostei do livro! Ele é para ser lido várias vezes, pois Anne vai crescendo no decorrer das páginas. Assim, as meninas de onze anos, podem voltar a ler o livro até os dezesseis, a idade de Anne no final da história! Boa leitura!
Obs.: Reescrevi a resenha após ter lido o livro pela segunda vez, aos catorze anos. Não sei dizer se apreciei a leitura mais desta vez do que da outra, mas o caso é que, em ambas as vezes, fiz muito bom proveito. Leiam, eu insisto! É uma leitura tão divertida!
Obs.2.: Aos dezenove anos, li o livro em voz alta para minha vizinha, de treze anos. Percebi algumas coisas nas reações dela, que me fizeram repensar minha opinião sobre o livro. Eu já li Pollyanna, os livros de Laura Ingalls Wilder, Jane Eyre e outros livros ingleses ou americanos sem me incomodar em absoluto com o protestantismo da maioria deles. Mas está bem presente em Anne de Green Gables e achei importante avisar. Minha vizinha não suportava me ouvir contar que o pastor tinha uma esposa, que usava terno e gravata e que seus sermões eram insossos. Isso a chocou um tanto. Eu li pela primeira vez, pela segunda vez, sem me importar tanto com esses detalhes, mas na terceira vez, tive as reações dessa menina e também já tinha lido os dois livros que se seguem na série. Os outros livros de Anne são carregados de protestantismo, de ideias mais ou menos estranhas, que me fizeram franzir o cenho ou rir mais de uma vez. Só pra deixar claro aos leitores.
Estes maravilhosos livros contam a história da vida de Laura Ingalls e suas irmãs: Mary, Carrie e Grace. Elas se divertem muito, fazem suas tarefas com muita boa vontade, obedecendo os pais prontamente. Em "Uma casa na floresta" eles têm de lidar com o frio e muitas vezes com os ursos e lobos. Charles ( o pai ) é muito trabalhador, toca violino frequentemente para as filhas, cantando e dançando diversas músicas. Devido a multidão que vai se juntando na floresta. Os animais fogem empobrecendo a caça que é o essencial para se alimentarem. Então, a família vai viver na campina, tendo que se separar dos parentes que tanto estimam. Mas eles levam uma boa vida, apesar da plantação de trigo ser arruinada por gafanhotos e diversos problemas que enfrentam, hora com dificuldade, hora com mais facilidade. Mas tem um problema ainda maior: os índios! Muitas vezes eles entram na casa e roubam muitas coisas. ( antes de "A beira do riacho" tem o livro "O jovem fazendeiro", que eu não li.) Acontece que eles são forçados a abandonar o local indo morar numa casa embaixo da terra que Charles compra. Caroline (a mãe) e as filhas logo terminam de arrumar as coisas e fica tudo em paz. Laura adora brincar no riacho e Mary e Laura se divertem com um caranguejo morador do lamaçal perto do riacho. As duas mais velhas: Mary e Laura vão logo para a escola onde Laura ganha amigas e inimigas como Nellie Olesson que vivia implicando com ela. Mais tarde, no livro "A margem da lagoa prateada" onde eles vão morar perto da lagoa prateada e nasce a pequena Grace. Mary, devido a uma doença, fica cega, e seu sonho de ser professora vai pelos ares. Quem precisa agora ser professora é Laura que não tem a mínima vontade de fazer isso só o fez para conseguir dinheiro e mandar Mary para o colégio de cegos. No meio da noite todos se levantam assustados: um lobo!
